Na última segunda-feira (02), a Promotora de Justiça Leida Diniz,
titular da 35ª Promotoria de Justiça de Teresina, conduziu reunião para
discutir diversas questões acerca da situação dos Policiais Civis no estado.
Entre os assuntos debatidos está
o pagamento de verbas decorrentes do reajuste salarial, número de agentes
cedidos, treinamento adequado, condições de trabalho, meio ambiente de
trabalho, entre outros. Compareceram à reunião diversos representantes do
SINPOLPI, inclusive o presidente, Constantino Barros. Além deles, estiveram
presentes Ednaldo Silva, representante do Ministério Público do Trabalho, Tiago
dos Anjos, perito do MPT, Luiz Gonzaga Soares Viana Filho, representando a
PGE-PI e Flávio Oliveira, representando a Delegacia-Geral.
O presidente do SILPOLPI afirmou
que o Governo passou, a partir de dezembro, pagar as parcelas atrasadas das
horas extraordinárias em aberto em dezembro, mas há parcelas pendentes a serem
pagas a agentes, escrivães e peritos. Constantino também disse que em 2014
ocorreram 701 homicídios e cerca de 25 mil furtos e roubos foram registrados, e
nem 13% dos casos tiveram inquéritos instaurados, pois o modelo de investigação
da Polícia Civil é defasado, com o Delegado acumulando muitas atribuições, e
alguns têm produtividade muito baixa.
Outra reivindicação é acerca das
promoções. Constantino afirmou que foi feita comissão em 2014 para organizar
lista de agentes a serem promovidos, mas até hoje as promoções não foram
publicadas, e historicamente o Governo geralmente promove os policias
militares, mas não os civis.
Luiz Gonzaga Viana, representante
da PGE, frisou que as reivindicações são
legítimas e que, em relação à implementação do reajuste previsto para novembro,
de fato ficou uma parcela pendente, mas como o Estado não está mais sob a
proibição da Lei de Responsabilidade Fiscal, cabe ao Governo decidir se vai ou
não pagar essa parcela. Lamentou que as promoções fiquem paradas, porém a
Procuradoria apenas pode analisar a legalidade dos pontos reivindicados.
Ednaldo Silva, do Ministério
Público do Trabalho, afirmou que ainda em 2013 foram provocados pelo Sindicato,
quando levou-lhes relatórios da Vigilância Sanitária. O MPT fez audiência com o
Delegado James Guerra, que alegou falta de autonomia financeira da Polícia.
Ednaldo afirmou, ainda, que a situação de diversas delegacias é precária e põe
os agentes em perigo, a exemplo da Central de Flagrantes.
O Ministério Público enviará as
demandas da reunião à Secretaria de Segurança e de Administração, solicitando
informações acerca das providências já tomadas a respeito, além de planos
futuros de atuação. Fonte:MP/PI
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