Do Blog do Ronaldo Rocha
Deputado Edilázio Jr. (PV/MA) |
O primeiro secretário da Mesa
Diretora da Assembleia Legislativa, deputado Edilázio Júnior (PV), denunciou o
“aparelhamento” do Governo do Estado nas eleições municipais 2016.
O parlamentar criticou o
governador Flávio Dino (PCdoB) e citou dois exemplos que, segundo ele,
comprovariam a intervenção do Palácio dos Leões nas disputas municipais.
O primeiro diz respeito ao caso
de um terreno do Estado situado no Sítio Santa Eulália, que segundo
adversários, o candidato Wellington do Curso (PP) teria invadido e tentado
vender ilegalmente. O terreno, segundo constam documentos, é na verdade de um
irmão do progressista.
Ocorre que há uma ação em
tramitação na 4ª Vara da Fazenda Pública e o processo havia sido retirado em
carga pela Procuradoria-Geral do Estado.
A Justiça havia determinado a
devolução do processo para o dia 22 deste mês. Para a defesa de Wellington,
essencial para que o juiz pudesse definitivamente o isentar de qualquer responsabilidade
no caso do terreno.
Mas, como não houve a devolução
do processo até aquela data, o juiz Cícero Dias determinou que a Procuradoria
devolvesse hoje o processo em até 4 horas.
O procurador-geral do Estado,
Rodrigo Maia, ex-secretário municipal de Meio Ambiente de Edivaldo Holanda
Junior (PDT), contudo, informou ao oficial de Justiça que havia perdido os
autos do processo.
“Sabe o que o procurador disse?
Disse para o oficial de Justiça que não sabe onde o processo está. Não sabe
onde o processo está. E disse mais, que talvez tenha que pedir para restaurar
os autos, porque o processo está perdido. Para piorar, o processo está perdido,
mas o jornalista [Jeisael Marx] tem a cópia do processo na mão. O jornalista
está aparecendo toda hora na televisão: ‘Eu tenho o processo, está aqui, eu
tenho o processo’. Agora como que ele pode ter conseguido se o procurador afirma
que perdeu?”, questionou.
Para Edilázio, interferência
direta do Estado para desgastar a imagem de Wellington e favorecer Edivaldo
Júnior. “O procurador-geral do Estado pode ter um candidato a prefeito, ele é
cidadão e pode sair de casa, e deve sair de casa no dia 2 de outubro para votar
no candidato que o governador dele manda, mas a Procuradoria do Estado não pode
ter candidato. O procurador pode ter, mas a Procuradoria não”, completou.
Edilázio também apontou o
vazamento da dívida de IPTU de Wellington como suspeita. Ele cobrou
investigação do caso. “Ninguém sabe se eu devo IPTU, eu não sei se o deputado
Bira deve IPTU, eu não sei se o governador Flávio Dino deve IPTU. Houve um
vazamento seletivo para queimar o candidato Wellington do Curso que está
aparecendo bem nas pesquisas e houve essa quebra de sigilo fiscal dentro da
Prefeitura, o que é um ato de improbidade e que precisa ser investigado”,
finalizou.
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