Luciano Leitoa recebeu doações de beneficiários do Bolsa Família em sua campanha

Caso sejam comprovadas as denúncias o candidato pode ser cassado e se tornar inelegível

O atual prefeito e candidato à reeleição em Timon, Luciano Leitoa (PSB), pode ter seu registro de candidatura cassado por ter recebido doações de campanha irregulares. Entre as doações ilegais recebidas por Leitoa estariam quatro feitas por beneficiários do Bolsa Família, o que é vedado pela atual legislação eleitoral. Ao todo a Justiça Eleitoral identificou 2899 doações com indícios de irregularidades na campanha de Luciano Leitoa.

A Justiça Eleitoral identificou cinco tipos diferentes de doações ilegais que teriam sido efetuadas em prol do candidato: Doador inscrito em programas sociais do governo, quatro casos; Doador cuja renda conhecida é incompatível com o valor doado, dois casos; Doador sem vínculo empregatício conhecido nos últimos 60 dias anteriores à data da doação, sete casos; Fornecedores com relação de parentesco com candidato ou seu vice, revelando indícios de suspeita de desvios de recursos, 2816 casos; e concentração de doadores em uma mesma empresa, revelando indícios de doação empresarial indireta, 70 casos.

O juiz da 19ª Zona Eleitoral de Timon, Rogério Monteles da Costa está desde a semana passada intimando estes doadores para que esclareçam as doações e apresentem os documentos que comprovem capacidade financeira para fazer doações e cópia dos últimos registros de contrato de trabalho. Caso sejam comprovadas as irregularidades, o prefeito Luciano Leitoa e seu vice, João Rodolfo podem ter a sua prestação de contas reprovada, assim como a cassação do registro de candidatura ou diploma, além de sanção de inelegibilidade por oito anos.

Não é a primeira vez que beneficiários de programas sociais se envolvem em polémicas no governo de Luciano Leitoa. No final de 2015 a tesoureira da Secretaria de Desenvolvimento Social (Semdes) da Prefeitura de Timon, Márcia Araújo da Silva, foi flagrada como beneficiária de forma ilegal do Programa Bolsa Família. A funcionária pediu desligamento voluntário do Programa, quando a notícia foi veiculada em jornais e blogs de todo o Maranhão, mas acabou sendo exonerada de seu cargo pouco tempo depois.

                                                                                

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