A polícia confirmou o
envolvimento de 35 detentos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas com os
ataques contra ônibus e prédios públicos na capital, na quinta-feira (29).
Destes, 23 foram identificados como líderes de grupos criminosos e serão
enviados a presídios federais. A medida foi confirmada pelo secretário de
Estado de Segurança Pública (SSP-MA), Jefferson Portela, durante coletiva à
imprensa, na tarde desta sexta-feira (30). “Iniciamos essa operação ‘pente
fino’ para retirar qualquer tipo de ilícito de dentro das unidades e reforçamos
o policiamento em todas as unidades prisionais do sistema para evitar fugas,
motins ou rebeliões neste período eleitoral. Não vai prevalecer ato violento
que venha a dar alguma ordem ao cidadão maranhense. A polícia está com sua
força nas ruas para impedir esses criminosos”, enfatizou o titular da SSP-MA.
Portela afirmou que a motivação
dos criminosos para os ataques foi prejudicar o processo eleitoral e
acrescentou que a declaração foi confirmada pelas próprias mulheres durante a
manifestação que tentou interditar a Avenida Beira Mar. “Foi comprovado, ainda,
que esses criminosos determinaram a ordem de ataque para integrantes dos grupos
aqui fora. Todos foram criminalmente responsabilizados. E o importante é que,
considerando a gravidade dos atos cometidos e as reiteradas práticas
criminosas, o Poder Judiciário deferiu a solicitação da Segurança e vamos
transferi-los para presídios federais”, enfatizou o secretário de Segurança.
Os detentos foram autuados por
organização criminosa e depredação de patrimônio público. Todos ficarão em
regime de isolamento até que a transferência seja realizada para Catanduva,
Mossoró e Acre, onde cumprirão pena em regime isolado. O Ministério da Justiça
já disponibilizou um avião para o transporte dos presos. Os demais, que
permanecem nos presídios da capital, ficarão sob monitoramento irrestrito. O
secretário Jefferson Portela destacou que as vagas no sistema federal foram
garantidas após reunião entre o governador Flávio Dino e chefes da Justiça –
Ministério da Justiça, Superior Tribunal Federal e Tribunal de Justiça do
Maranhão. O Ministério da Justiça comunicará à SSP-MA a data para envio dos
criminosos.
Durante a coletiva, Portela
anunciou ainda que as operações nas ruas, iniciadas imediatamente após os
ataques, continuam e serão intensificadas até a próxima segunda (3), para
garantir a segurança do processo eleitoral. Os ônibus permanecem com escolta
policial dentro e também fora dos coletivos; e os bairros onde ocorreram casos
e locais de votação terão prioridade no deslocamento da segurança. Em apoio à
Polícia Militar, Civil e Corpo de Bombeiros, está ainda a Guarda Municipal.
Serão 170 policiais que farão monitoramento nos Terminais de Integração,
durante 24 horas.
A operação continua para dar
cumprimento a outros mandados de prisão já autorizados pela Justiça. “Temos que
nos manter vigilantes e coibir os ataques aos ônibus e ao patrimônio público,
além de dar garantia ao cidadão de ir cumprir o seu papel no dia da eleição”,
disse Portela. O comandante geral da Polícia Militar do Maranhão, coronel
Frederico Pereira, também se posicionou durante a coletiva e informou que “as
tropas estão cumprindo missões especiais. Hoje mesmo o serviço de inteligência
já prendeu três criminosos. Estamos num trabalho incessante, além de escoltar
os ônibus”, ressaltou.
A operação policial decorrente
dos ataques culminou ainda com a prisão de outros 14 envolvidos, que foram
autuados e encaminhados ao Complexo de Pedrinhas; e mais 16 adolescentes, que
cumprem regime de internação. A Segurança vem trabalhando incansavelmente,
desde os primeiros ataques, com prisões de envolvidos em tempo recorde.
Estavam presentes na coletiva o
delegado-geral de Polícia Civil, Lawrence Melo; o superintendente de Polícia
Civil do Interior, Dircival Rodrigues; a delegada-adjunta de Polícia Civil,
Adriana Amarante; o secretário municipal de Segurança com Cidadania, Breno
Galdino e o secretário municipal de Governo, Lula Fylho. Fonte: Secap
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