Prefeito Fábio Gentil |
O prefeito da cidade de Caxias, Fábio Gentil (PRB), apresentou documentos a O Estado que comprovam o corte de repasses do Governo do Estado à saúde de Caxias no exercício financeiro 2017. Os documentos, publicados no Diário Oficial do Estado do Maranhão, vão de encontro ao que sustentou à imprensa o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula. Lula havia negado o corte do aporte financeiro.
São quatro as portarias
publicadas no Diário Oficial no ano de 2016 – durante a gestão do ex-prefeito
Léo Coutinho (PDT), aliado do governador Flávio Dino (PCdoB) e que perdeu e
eleição no ano passado –, e que atestam a manutenção de repasses, até dezembro
daquele ano, de cerca de R$ 20 milhões mensais à cidade de Caxias.
A Portaria número nº 1083, de 14
de dezembro de 2016, assinada por Carlos Lula, estabelecia a transferência de
recursos financeiros ao Fundo Municipal de Caxias, destinado ao custeio de
assistência à saúde para a Maternidade Carmosina Coutinho Na justificativa, a
portaria detalhava: “considerando a necessidade de custeio e manutenção da
contratação de profissionais assistenciais de nível médio e superior para a
maternidade”. O aporte era de R$ 2 milhões mensais.
Outras duas portarias
estabeleciam o repasse mensal de R$ 8.150.794,96 milhões, cada, para Caxias. A
primeira é de número191 de 22 de julho de 2015, e que foi publicada no Diário
Oficial do dia 28 daquele mês. O dinheiro era aplicado na Maternidade Carmosina
Coutinho.
A segunda portaria, número 27, de
15 de fevereiro de 2016, publicada no Diário Oficial do dia 17 daquele mês,
também destinava recursos para a maternidade.
Outra portaria publicada pelo
Governo do Maranhão e que assegurava até dezembro de 2016, último mês da gestão
Léo Coutinho, recursos para a saúde de Caxias, é a de número 190 de 2015,
publicada no DOE no dia 29 de julho de 2015. Assegurava aporte financeiro de R$
1.840.264,24 milhão.
Abandono
De acordo com o prefeito Fábio
Gentil, contudo, logo após ele ter assumido o mandato em Caxias, as
transferências referentes às quatro portarias, foram cortadas.
“O secretário de Estado da Saúde
foi para a imprensa afirmar que eu estava mentindo em relação aos cortes. Estou
mostrando esses documentos agora para que todos vejam quem está mentido. Os
recursos foram pagos até dezembro de 2016. Esse ano Caxias não recebeu um
centavo sequer referente a estas portarias”, disse.
Gentil também afirmou que o
governador Flávio Dino abandonou Caixas, cidade que segundo ele, foi onde o
comunista iniciou a sua trajetória política, quando se elegeu deputado federal.
“Se observarmos as portarias
publicadas em 2015 e 2016, quando o prefeito era aliado do governador, ele
reconhece a necessidade de custeio para manutenção e pagamento de profissionais
na maternidade. A pergunta que fica é: essa necessidade acabou em 2017? Depois
que eu assumi a necessidade acabou? Só existia a necessidade até o ano passado?
O governador tem de entender que ele é governador de todo o estado e não
somente de municípios onde há prefeito aliado”, pontuou.
Há cerca de 15 dias o Governo
assinou convênio com a cidade de Matões no valor de R$ 500 mil mensais. E
porque não firma a mesma parceria institucional com Caxias? Flávio Dino
abandonou Caxias.
Outro lado
Na última segunda-feira, o
secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, rechaçou o corte de aporte
financeiro para o município de Caxias. Na ocasião, ele afirmou que somente
neste ano o Executivo Estadual já havia encaminhado o equivalente a R$ 30
milhões para a saúde. Ontem, O Estado solicitou esclarecimentos a respeito da
documentação apresentada pelo prefeito, mas até o fechamento desta edição, não
houve resposta.
O prefeito Fábio Gentil (PRB)
também contestou a versão dada pelo secretário de Saúde, Carlos Lula, de que
este ano já houve repasses para Caxias. Os recursos, segundo o prefeito, foram
destinados para o custeio do Hospital Regional de Caxias, unidade da rede
estadual, e não municipal. “Os repasses para aquela unidade, que é estadual,
não foram facultativos, mas sim uma obrigação. O que não há até o momento é a
mesma ajuda que era dada à gestão passada, cujo prefeito era aliado do
governador”, enfatizou. (Com informações de O Estado do Maranhão).
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