A ação criminosa em Bacabal demonstra que o sistema de
Segurança Pública do Maranhão não está tão organizado como a gestão estadual
tenta passar. O episódio demonstrou que faltou o setor de “inteligência” e
também contingente em um município que tem uma seguradora que distribuiu
dinheiro para vários municípios do estado.
O governo tenta parecer que a ação foi de “um bando de fora
do Maranhão” que atuou como se esta justificativa “justificasse” a ação dos
bandidos. Ora, por mais que o bando não fosse todo do estado, ainda assim, eles
conseguiram burlar a inteligência da polícia e montar um esquema que resultou
no impedimento da ação da Polícia Militar.
E como o bando conseguiu isso? Simplesmente, como argumentou
o Sindicato dos Policiais Civis, por falta de investimento do poder público na
polícia judiciária. Há, pelo menos, dois anos a entidade vem reclamando da
falta de investimento na Polícia Civil, logo, é de conhecimento público essa
situação.
Torna-se notório agora a carência de investimento também na
Polícia Militar, em especial, no segmento que combate assalto a banco, que faz
parte de um recém-criado Batalhão de Operações Especiais (Bope), que age com
estrutura deficiente.
A ação pesada ocorrida em Bacabal expôs que a operação
especial da PM não tem estrutura suficiente para combater uma grande
organização criminosa, seja ela daqui ou de outro estado.
O que se viu foi a ação heroica de policiais, na tentativa de
sobreviver e de evitar tragédia maior numa cidade sitiada por uma quadrilha
fortemente armada.
Espera-se agora que o poderoso cerco policial aos assaltantes
resulte em prisões e resgate dos milhões surrupiados dos cofres do BB. Quanto à
vida do inocente morto na troca de tiros com os bandidos e o medo que ficou na
população de Bacabal, para isso não há solução.
Da Coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão
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