Ministro Sérgio Moro Foto: Divulgação |
O deputado federal Edilázio Júnior (PSD) afirmou na segunda-feira (01), em entrevista exclusiva concedida ao radialista Jorge Aragão, da Mirante AM, que vai encaminhar ofício ao ministro da Justiça, Sergio Moro, com pedido de apuração à denúncia feita pelo ex-superintendente de Investigações Criminais (Seic), delegado Thiago Bardal, de suposta espionagem da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) a desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão.
A
denúncia ganhou forte repercussão na semana passada, após o vídeo do depoimento
de Bardal à Justiça ter sido publicado em blogs que fazem a cobertura política
no estado.
Na
audiência, Bardal afirmou que por determinação do secretário de Segurança
Pública, Jefferson Portela, quatro desembargadores seriam alvo de investigação:
Guerreiro Júnior, Fróz Sobrinho, Nelma Sarney e Tyrone Silva.
Portela
negou em entrevista e disse jamais ter determinado qualquer tipo de espionagem
a magistrados do Maranhão.
Para
Edilázio, contudo, é preciso que haja uma investigação isenta e enérgica. Ele
cobrou um posicionamento do Ministério Público, e revelou que encaminhará
ofício ao Ministério da Justiça para a apuração do caso.
“Como
não há possibilidade de haver isenção numa apuração a nível estadual, eu como
membro da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara Federal vou
encaminhar essa semana um ofício ao ministro da Justiça, Sergio Moro, para que
ele tome conhecimento desse vídeo do Thiago Bardal, e se assim entender, que
coloque a Polícia Federal para apurar os indícios”, disse.
Ele
justificou o ato, com o recente desfecho do escândalo da espionagem da Polícia
Militar a políticos de oposição ao governador Flávio Dino (PCdoB), que ganhou
repercussão nacional em 2018. O parlamentar lembrou que uma sindicância interna
foi aberta pela própria PM, mas sem desdobramentos e explicações públicas sobre
os memorandos que determinavam o fichamento da oposição.
“Aqui foi noticiado e todo mundo viu o memorando do Comando Geral
da Polícia Militar, às vésperas da eleição, que determinava o fichamento
daqueles que ‘pudessem causar embaraço às eleições 2018’. E o que foi que
aconteceu? Em um outro estado seria caso para uma intervenção federal, por
muito menos o procurador-geral de Justiça do Mato Grosso foi afastado de suas
funções por investigar adversários políticos. Aqui, houve toda essa situação da
PM e falaram que iriam abrir uma sindicância e nunca mais falaram sobre isso.
Afinal, que isenção tem a polícia para investigar um ato da própria polícia? É por isso que vou oficiar o ministro Sergio Moro”, finalizou. (Com informações
do Blog do Ronaldo Rocha).
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