Foto: Reprodução/Instagram@flordelis |
Segundo a Polícia Civil, os filhos da
deputada (Marzy Teixeira da Silva, Simone dos Santos Rodrigues, André Luiz de
Oliveira, Carlos Ubiraci Francisco Silva e Adriano dos Santos) e a neta Rayane
dos Santos Oliveira se negaram a prestar depoimento sobre a morte do pastor,
ocorrida em junho de 2019. A filha Simone precisou de atendimento médico, e
outros pediram calmantes.
Flordelis, que é pastora e acusada de
ser mandante do crime, não foi presa por ter imunidade parlamentar. O
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na
segunda-feira que a Casa vai analisar e decidir quais providências tomar em
relação ao caso dela.
Segundo a polícia, além de planejar a
morte do marido, Flordelis tentou convencer os filhos a não incriminá-la, nos depoimentos.
A deputada teria passado a prometer vantagens financeiras aos filhos. Alexander
Felipe, conhecido como Luan, contou em depoimento uma semana após a morte do
pastor que Flordelis havia prometido uma viagem aos Estados Unidos caso ele
desistisse de depor contra ela. Segundo o filho, a deputada sempre havia sido
contrária à viagem dele, mas depois do crime disse que estava sem dinheiro, mas
que usaria um cartão de crédito para comprar as passagens dele, da mulher e do
filho, desde que eles viajassem o mais rápido possível, sem prestar depoimento
à polícia.
Para Lucas Cezar dos Santos, que está
preso, a deputada federal prometeu regalias na cadeia, caso ele confessasse ter
matado o pastor Anderson por vontade própria, sem interferência dela. Lucas é
filho do casal e está preso acusado de comprar a arma usada no crime. FlordeliS
apresentou à polícia uma carta em que Lucas assumia a autoria do crime. Mas o
rapaz disse que apenas copiou um texto enviado pela mãe, para confessar a morte
do pastor e envolver outros dois irmãos. A carta chegou ao presídio onde Lucas
estava preso por meio de Andreia Santos Maia, também presa na operação de
segunda-feira. Segundo a polícia, Andreia sabia que a carta era falsa e seria
usada no inquérito policial, e recebeu R$ 2 mil para prestar esse serviço, por
meio do marido, o ex-PM Marcos Siqueira, que dividia a cela com Lucas.
Fonte: Estadão Conteúdo
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